Depois de 106 dias de greve – a mais duradoura da educação do Rio Grande do Norte – os professores da Uern decidiram nesta quarta-feira(14), em assembléia geral, acabar com a paralisação.
A decisão foi tomada depois que a Reitoria da Uern, em nome do Governo do Estado, apresentou um documento constando o atendimento da pauta de reivindicação da categoria.
Mesmo considerando que o atendimento foi somente parcial, os docentes avaliaram como positivo o movimento, tendo em vista a intransigência da administração estadual em negociar.
Segundo a direção da Aduern, o Governo só apresentou uma proposta concreta depois de 70 dias de greve, depois da pressão da categoria com as mobilizações de rua.
“O Governo esticou o movimento paredista se negando a negociar para poder pedir a abusividade e ilegalidade da greve na Justiça. Por várias vezes, a Aduern flexibilizou suas propostas para pôr fim ao movimento paredista, mas a administração estadual parecia não se importar com os prejuízos da greve”, diz nota da Aduern.
De acordo com a direção da Aduern, os professores consideram a greve vitoriosa, pois demonstrou a força de organização dos docentes da Uern.
“A unidade com os estudantes e técnicos foi fundamental para fazer o Governo negociar com a categoria, sem desconsiderar o apoio que o movimento teve da sociedade norteriograndense”, frisa Flaubert Torquato, presidente da Aduern.
Acrescentando: “Apesar do fim da greve, o movimento em defesa da Uern não acabou. A greve demonstrou a força de organização dos professores da Universidade. Continuaremos vigilantes, pois a Aduern sai fortalecida e a categoria docente preparada a continuar a luta em defesa da única universidade presente em praticamente todo o território potiguar”.
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